Bula de remédio: orientação segura no uso de medicamentos
Vamos supor que você precisou de um atendimento médico, recebeu todas as orientações e a relação dos medicamentos necessários para continuar seu tratamento. Ao chegar em casa, a primeira coisa que você faz é tomar o comprimido ou ler a bula do remédio?
Provavelmente, você respondeu a primeira alternativa, certo?
De fato, muitos médicos e pacientes negligenciam seu valor.
De tal forma que possa prejudicar a eficácia do tratamento e até causar efeitos colaterais no paciente.
Como a bula do remédio traz todas as informações detalhadas, com ela em mãos é possível entender melhor os riscos que o medicamento pode trazer e as suas contra indicações.
Além disso, principalmente para quem toma remédios de uso contínuo, a bula é essencial para saber se a mistura de medicamentos pode anular ou alterar o efeito, podendo ocasionar reações adversas.
A cultura de não ler a bula pode ter surgido da antiga forma do informativo, onde o tamanho das letras e o conteúdo eram muito pequenos.
Mas, tendo em vista a importância do impresso, a ANVISA determinou, através da resolução N° 47/2009, que todas as bulas devem ter linguagem simples para que todo cidadão entenda, com clareza, as informações sobre o medicamento.
Mesmo com a resolução vigente, caso o paciente ainda tenha dúvidas deve procurar o próprio médico ou um farmacêutico.
Assim, o profissional poderá lhe ajudar a entender melhor as informações e garantir o uso seguro da medicação.
Além disso, a ANVISA disponibiliza online um banco de dados relacionado à consulta das bulas de remédios, o Bulário Eletrônico.
A fim de desmistificar a figura da bula como algo extremamente difícil de compreender, produzimos esse texto. Acompanhe com a gente!
Como entender a bula do remédio
Tendo em vista as informações preciosas que a bula oferece sobre a ação dos medicamentos, entendemos o quão relevante é sua leitura principalmente para solucionar dúvidas comuns.
Inicialmente, vamos esclarecer que existem dois tipos de bulas: as que são direcionadas aos profissionais da saúde e as direcionadas aos pacientes.
Sendo indispensável a leitura de ambos como forma de garantir um tratamento eficaz e seguro.
Ainda mais que as informações presentes na bula dos remédios são regradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Dessa forma, seu desenvolvimento busca informar de forma claro sobre os detalhes que compõe o medicamento.
Dito isso, é interessante verificar as seguintes informações presentes na bula como:
Composição
A composição indicará os principais ativos que compõe a medicação. Bem como, o nome científico de cada um e a sua concentração.
É importante que o paciente verifique se não há nenhum composto que seja alérgico e que possa levar há uma reação.
Juntamente com a concentração do remédio, pois é comum encontrarmos uma variação nas quantidades e as embalagens serem muito similares.
Além disso, indica a forma farmacêutica que está apresentada ali: suspensão, cápsulas, comprimidos, xarope, entre outros.
Indicações
As indicações informam em quais patologias o medicamento será atuante.
Contraindicações
Essa parte deve ser bem analisada pelo profissional médico, pois indica sob quais condições a substância deve ser evitada.
Efeitos colaterais/Reações adversas
O ideal é que a medicação tenha eficácia no tratamento e com o mínimo de reações adversas.
Por isso, devemos checar a bula e sobre reações indesejadas que o uso da medicação pode acarretar.
Posologia
É a indicação da dosagem correta que devemos administrar do remédio.
Interações
Nessa parte, o paciente deve ter extrema atenção a bula, pois ela irá informar se outras medicações, alimentos ou bebidas podem interagir com o remédio e alterar a sua eficácia.
Além disso, conhecer as reações que podem levar a mistura de fármacos. Em alguns casos, esse mix pode conduzir o paciente a quadros graves.
Ah! Não se esqueça que até mesmo os remédios que não necessitam de prescrição têm contraindicações e podem trazer efeitos colaterais.
Ter atenção à bula e lê-la corretamente pode prevenir muitas dores de cabeça para todos os envolvidos no processo.
A importância da bula de remédio para médicos e pacientes
Como você já deve ter percebido é essencial que os médicos e a população consultem a bula do remédio.
A bula destinada aos profissionais contém informações diferentes quando comparada a bula de medicamentos dos pacientes.
Dessa forma, ele só terá acesso a informações que o médico julgar necessário transmitir durante a consulta.
Mas qual o motivo dessa diferença? A interpretação inadequada das informações contidas na bula profissional por parte dos pacientes poderia levar a um sério prejuízo do processo de cura.
Ao ler a bula, o médico garante a indicação correta dos medicamentos, com análise dos sintomas e as contraindicações do medicamento.
Dessa forma, é certo o bom andamento do tratamento e sem alto risco de complicações.
Além das informações apresentadas nesse artigo, o paciente deve estar ciente de alguns detalhes, também informados na bula de remédio, como o armazenamento do medicamento.
Alguns remédios precisam ser armazenados em geladeiras ou em outro ambiente refrigerado.
Caso contrário, pode perder o princípio ativo e se tornar ineficaz.
Leia também: Como armazenar medicamentos da maneira correta?
Da mesma forma, caso o paciente não tenha acesso à sua bula específica, existe o risco dele fazer interações medicamentosas que prejudiquem a ação do medicamento no organismo, deve tomar uma dose em excesso ou reduzida e, até mesmo, ter um efeito adverso ao remédio.
Vale lembrar que até mesmo os remédios que são vendidos fora da caixa têm bula. Basta o paciente pedir na farmácia na hora da compra.
Se você, mesmo após ler o artigo, tem dúvidas procure um médico ou um farmacêutico para lhe ajudar a entender as informações e garantir o uso seguro da medicação.
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