Choro de bebê: aprendendo a identificar e interpretar os diferentes tipos
Os primeiros meses de paternidade e maternidade são muito delicados. Afinal, aquele serzinho é uma novidade e todos os seus gestos e sons causam preocupação. Pensando nisso, desenvolvemos dicas para você entender que há diferença entre os tipos de choro de bebê e o que cada um indica.
Para começar, é essencial entender que o bebê chora de formas diferentes e, consequentemente, com o que ele está sentindo. Então, no início pode ser um pouco complicado identificar cada especificidade.
Mas, a convivência é uma grande amiga para melhorar as percepções. Ou seja, com o tempo vai ficar mais fácil entender as necessidades do pequeno ou da pequena através do choro.
Vale lembrar, também, que é necessário manter o pediatra informado sobre o comportamento do bebê e assim como consultá-lo caso algo, ou o choro, saia da situação normal.
Às vezes, tipos de choros se sobrepõem. Recém-nascidos, por exemplo, podem acordar com fome e chorar por comida. Se os pais não respondem rápido, seu desejo por alimentação (fome) pode dar lugar a um lamento de raiva.
Sendo assim, separamos algumas causas e tipos de choro de bebê para que você saiba identificá-los e, assim, garantir a satisfação do pequeno. Continue a leitura!
Causas e tipos de choro de bebê
1. Fome ou sede
É bem comum ter dificuldade de alimentar seu filho nos primeiros dias. Afinal, vocês dois, ainda estão aprendendo a lidar com a amamentação.
Quando é muito novinho, o bebê entende a fome quase que como uma dor. Dessa forma, ele chora com frequência para expressar fome ou sede.
Neste caso, antes de chorar, o bebê manda sinais de que está com fome, chupando o dedo e abrindo e fechando as mãos. O choro é prolongado e vem acompanhado de mão na boca.
Além disso, o choro é acompanhado do movimento de sugar e o(a) pequeno(a) faz um som parecido com um ‘né’.
Se você reparar bem nele ou nela, vai conseguir encontrar este sinal.
Nesse caso, alimente a criança. Só assim ele(a) irá parar de chorar e passar as próximas horas tranquilo(a).
2. Sono
Após muito tempo acordado, se o bebê chorar, a primeira causa a ser considerada é o sono. De toda forma, o choro é alto e nervoso.
Este vem do bocejar e por isso, a boca do bebê forma uma circunferência, ela fica bem ovalar. O som que ele emite é bem vogal e parecido com um ‘au’.
Assim sendo, é preciso acalmá-lo. Abaixe as luzes, fique em um ambiente tranquilo e cante para seu filho enquanto o embala.
Tenha paciência, porque pode demorar um pouco para ele parar de chorar.
3. Necessidade de contato ou tédio (carência)
Nessa situação, o bebê pode estar carente de atenção e/ou inseguro. Esse choro pode ocorrer, principalmente, após horas de sono, em que o bebê acorda e se vê longe dos braços da mãe ou do pai.
Em geral, o choro é manhoso e passa quando você o pega. Nesse caso, brinque com ele. Nos primeiros dois meses, não tenha medo de confortá-lo, pois ele precisa de segurança.
Experimente, também, trocar o berço e o carrinho pelo seu colo ou bolsas canguru. O contato direto com o adulto tem grandes chances de ajudar diretamente na queixa.
4. Dor
O choro de bebê por dor pode ser causado por alguma infecção, resfriado, lesão ou mesmo uma cólica. Talvez seja o mais temido pela mãe de primeira viagem.
Nesses casos, normalmente, o bebê aponta o local que está dolorido. Se for uma cólica, por exemplo, será possível perceber movimentos ao redor da barriguinha.
Dessa forma, a melhor alternativa é levá-lo ao pediatra para identificar qual enfermidade que pode estar causando o choro.
5. Desconforto e umidade
Fralda molhada ou suja aborrece muito o bebê. Quando ouvir o primeiro choro, cheque se a causa não é essa. Acredite! É mais comum que você possa imaginar.
Além disso, roupas apertadas, mesma posição no berço, frio ou calor podem gerar incômodo no bebê e, consequentemente, choro.
Assim sendo, o choro é irritado e seguido de movimentos corporais. É preciso identificar o som ‘heh’, que vem forte, do choro.
Por isso, tire a fralda ou o objeto que está incomodando a criança e, de vez em quando, vire o corpo dela no berço. São boas dicas para acalmar o bebê.
6. Manha ou pirraça
A partir dos 9 meses, o bebê percebe que, ao chorar, consegue uma troca de fraldas, leite e principalmente, atenção.
O choro, nesses casos, é irritado. Dessa maneira, se você acha que aquilo que a criança pede é desnecessário, não dê só porque ela chorou. Mantenha o controle e acredite no que você acha adequado para a situação.
Nessa fase, o bebê começa a engatinhar e você limita o acesso dele, por exemplo, ao controle remoto. Se ele chorar e você ceder, vai confirmar que consegue o que quer pela birra e pirraça.
7.Susto e Medo
Até mesmo os adultos ficam sobressaltados em certas situações, por isso, é normal que isso também aconteça com os bebês. Então, não é tão complicado de entender esse tipo de choro.
Barulhos repentinos, como portas batendo, podem gerar susto. Perto dos 9 meses, quando a criança enxerga melhor, ela estranha desconhecidos.
Nessas situações, o choro é uma reação orgânica, parecida com a que ocorre com você. O choro pode ser acompanhado por um pequeno salto e berros.
Nesse caso, pegue-o no colo e faça carinhos até ele se acalmar.
8. Cólica
No primeiro ano de vida, as cólicas do bebê podem ser frequentes. Provocam dor no pequeno e o fazem chorar desesperadamente. Essa agonia pode durar algumas horas, o que não é incomum.
A cólica costuma ter pico até os 3 meses e é mais recorrente após as mamadas e no começo da noite.
Quando sente a dor da cólica, o bebê enruga a testa, seu abdome fica distendido e o choro é agudo e prolongado.
Faça massagem, esticando e encolhendo as pernas dele. Outra dica é mantê-lo o mais ereto possível enquanto mama, para não engolir ar.
Ou, ainda, segurá-lo apoiado no seu braço dobrado, com a barriga virada para baixo, para que ele solte gases.
9. Nascimento dos dentinhos
Quando os primeiros dentes do bebê começam a aparecer, geralmente entre 4 e 10 meses, você vai perceber que ele vai ficar irritado, querendo colocar tudo na boca para aliviar a dor e a coceira.
As gengivas ficam vermelhas e inchadas e o bebê choraminga. Este choro ocorre entre os 7 e os 12 meses de idade.
Nessa época, ofereça um mordedor para ajudar a rasgar a gengiva ou use pomadas específicas.
É importante escovar as gengivas com gaze ou toalha molhada. Além de higienizar, você ajuda a aliviar a coceira.
Em resumo, alguns choros podem passar simplesmente resolvendo o problema que está provocando. Já outras situações podem precisar de mais recursos para ser acalmadas.
Em geral, é importante manter a troca de fralda em dia, o sono regulado, bem como respeitar os horários das mamadas. Só essas atitudes rotineiras vão ajudar – e muito – com a redução do choro.
Leia também: Como acalmar o bebê agitado?
Agora que você já sabe tudo sobre os tipos de choro de bebê, que tal oferecer essas dicas para outros pais? Compartilhe esse artigo nas suas redes sociais e fique de olho nos próximos artigos do blog do Melpoejo!